quinta-feira, 28 de julho de 2011

Aplicando a Matemática (?)



Na matemática é assim: pegamos os números, fazemos o cálculo e dá o resultado. Isto tudo com o intuito de ser exato, de ver o mais provável, podendo assim optar por ele. No amor é o contrário, jogamos as pessoas, não fazemos cálculos e no fim, o resultado nunca é exato, nunca é o mais provável, é sempre o mais improvável, sequer chega a ser uma dízima periódica, se fosse, seria bom, seria algo infinito e repetido. A matemática do amor é imprevisível, não adianta fazer cálculos, somar, dividir, subtrair, é esperar e ver o que vai acontecer. Se houver a multiplicação ou adição é bom, senão é lamentar, não há como apagar com a borracha. Os Cálculos do amor são feitos a caneta.


Hoje, afagos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A lenda do adulto




Começo a achar que o amor não existe. Ele é fruto de uma imaginação fértil. Ele é como aquelas lendas que por mais que muitos digam que viram e viveram nunca todos irão acreditar, por mais que muitos morram por ele, ainda não será o suficiente. O amor, como a lenda engana os mais fracos, os mais bitolados. O amor, como as lendas, não é desmascarado por ser algo que não tem como se materializar, só fica na imaginação e pensamento de cada um. A diferença entre o amor e as lendas é que no amor você nunca sabe a hora de inventá-lo e muito menos a hora de desmascará-lo. A diferença é que as lendas são para crianças e o amor para os adultos. Mas no fim, a única certeza é que precisamos acreditar sempre em algo.


Hoje, Acenos e Afagos.

sábado, 16 de julho de 2011





Nem tudo são flores, e mesmo que sejam, ainda haverão espinhos, e ainda que não hajam, no fim murcharão...

Hoje, um aceno.

domingo, 3 de julho de 2011

A Velha do Shopping.




“Ela nasceu negra, pobre em um país que despreza os diferentes. Cresceu e foi ser Enfermeira em um país que desconhece a profissão e teima em não valorizá-la. Lutou contra o sistema discriminatório da vida universitária que insistiu em lhe dificultar a caminhada. Formou-se e foi cuidar de seus semelhantes na esperança vã de ser reconhecida como igual.Quis a vida, não satisfeita por tê-la premiado com tantas adversidades, pregar-lhe mais uma e lhe tirou inesperadamente alguém que era seu norte, seu apoio e, quem sabe, o único ser que lhe destinou amor além de ter-lhe dado a vida. E ela perdeu seu rumo e se refugiou na mente confusa, cansada de tantos revezes. E ela se mascarou para o mundo não perceber quem ali estava, ainda na esperança de ser acolhida, tratada como igual.O mundo não seria o mundo se tivesse resolvido ser solidário àquele ser humano por trás da máscara. O mundo seguiu seu ritmo e tornou aquele ser em uma caricatura. Nenhuma surpresa quando jovens e adultos transformaram o ser real em virtual. Criaram-se comunidades na rede mundial para celebrar a estupidez humana no trato com seus semelhantes. Chamaram-na de ‘Velha’ porque o mundo despreza os velhos. No desfile diário de seu desatino ela procurava o templo maior dos humanos na esperança de ser perdoada por não pertencer àquele mundo, por não professar a religião dos que no Shopping vão depositar as oferendas de suas existências vazias.Ontem ela resolveu dar o salto maior de sua pobre existência no caminho da libertação. Ela não queria morrer, o seu salto foi mais uma tentativa vã rumo à esperança de ser vista, de ser amada, de ser reconhecida como o ser humano que foi. Paira hoje nas nossas consciências e conseguiu que olhássemos para ela esmagada no asfalto negro onde, finalmente, tornou-se
IGUAL.

(Autor desconhecido, possivelmente Antônio do DAA)

Esta é uma história verídica de uma senhora que passou a ser escarnecida em Aracaju. Tornou-se a atração principal de um circo, onde o palhaço não era ela e sim todos estes seres imundos que que paravam para dar risadas. 


Hoje, um aceno.