quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

E depois de tudo... o fim.


Não consigo esquecer a 1º vez que nos vimos. Foi tudo tão diferente, Não imaginei que chegaríamos “tão longe”. Na verdade, desde o princípio eu esperei isso, mas não achei que fosse haver reciprocidade. Aquele sorriso, aquele beijo, foi tudo tão viciante, que pareceu morfina entrando em contato com meu sangue. Agora que estou viciado, me vejo obrigado a deixar a morfina sair do meu sangue, me vejo obrigado a deixar esse vício. Eu sei o quão difícil será, mas sei também que não há outra opção. Eu nunca tinha sentido isso antes, essa aflição, angústia de quem ama ou chegou perto de amar. Esse medo – ou melhor – certeza de que vou perder você me assola de um jeito que nunca imaginei. Saber que não importa o que eu faça para mudar tal situação me atormenta. Eu sei que é inevitável, e por isso, pôr um fim definitivo me petrificou* por certo tempo. Hoje sinto como se eu estivesse em uma clínica, onde todos ao meu redor me fazem  esquecer o efeito que essa morfina chamada “amor” me causou.

PS: *Petrificar foi o nome dado a um feitiço em Harry Potter que paralisa por certo tempo os enfeitiçados.


Hoje, mais que nunca um aceno.

Um comentário:

  1. É ridículo pensar assim "tudo que tem começo tem fim."
    Parece ir contra tudo, contra tudo o que cremos (ou ao menos desejamos mesmo que temporariamente) mas, vai saber né, a vida teima, insiste, e tira.
    A dor?
    Vai passar Berg, por mais que perdure.

    Li os dois textos, e sabe, no fim disso tudo você só vai está mais maduro e certamente não sentir tanto com as (possíveis) perdas futuras. (Ao menos dizem isso, acho que acredito...)
    Te cuida!

    ;*

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